Portanto a ira de Deus se é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade de Deus pela injustiça. (Rm. 1:18).
A ira divina não pode ser comparada à ira humana. Na ira do homem afirma as Escrituras Sagradas que não opera a justiça de Deus (Tg.1:20). A justiça humana é comparada por Deus como um trapo de imundície que não tem utilidade para limpar a sujeira (Is.64:6).Ela é tendenciosa a corrupção e beneficio próprio e seu fundamento é o egoísmo. Por muitas vezes se vê impunidade para os infratores, e punição para os inocentes. Suborno em beneficio do culpado e com dinheiro se faz resgate pelo crime praticado. Lacunas na lei que favorecem a injustiça e distorcem o direito. Mentes de juízes e júris que são influenciadas à imparcialidade no julgamento. Penas que aliviam o criminoso e torturam os que esperam justiça pelo dano recebido. Nisto vemos que a justiça humana em muitos casos não acerta com precisão o alvo. A ira do homem é o cume do desejo de ver esta suposta justiça sendo executada, não só isto, mas a execução da sentença liberada. Mas não será assim com a justiça divina, pois as Escrituras afirmam: “... Justiça e juízo são a base do seu trono...”.( Sl.97:2b). O governo e o juízo de Deus revelam a sua natureza justa em contraste com a natureza humana. Diz as Escrituras: “...julgará o mundo com justiça e os povos, com sua verdade...”(Sl. 96:13b).“...Pois o Senhor o seu Deus é o Deus dos deuses o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade, nem aceita suborno...”(Dt.10:17). “... O Senhor faz justiça e defende a causa dos oprimidos...”. (Sl.103:6).
Quando Deus revela dos céus a sua ira, sempre será para concretizar a sua justiça e o juízo perfeito. A natureza de Deus é o seu livro base para julgamento, revelada na Sua palavra que com precisão atinge as intenções do coração humano. Como diz as Escrituras Sagradas: “... pois a palavra de Deus é viva e eficaz, mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, julga os pensamentos e intenções do coração...”(Hb.4:12) Quando Verbo de Deus se manifestou ao mundo, expressou com exatidão a intenção divina em propagar a Lei. E mostrou que esta Lei é perfeita para trazer à vista aquilo que rege a natureza humana decaída. No Evangelho de São Mateus está registrada a interpretação correta de Jesus a respeito da exigência da Lei de Deus para com o homem. Vejamos: “... vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão sem motivos, estará sujeito a julgamento...”; “... Vocês ouviramo que foi dito: ‘não adulterarás’. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração...”. Deus o Seu Pai não agia com base na aparência, mas nas intenções do coração, como as Escrituras Sagradas afirmam: “... julga os pensamentos e intenções do coração...”(Hb.4:12) Por este motivo Jesus o Filho de Deus sendo humano disse“... Por mim mesmo, nada posso fazer; eu julgo apenas conforme ouço, e meu julgamento é justo, pois não procuro agradar a mim mesmo mas àquele que me enviou...”.(Jo.5:30). Onde Ele encontrar injustiça, ali se manifestará o seu Juízo, pois diz as Escrituras: “... Nada em toda criação, está em oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas...”. (Hb.4:13).Não há como esconder nada daquele que conhece o profundo e o escondido. O salmista Davi disse: “... Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos...”. (Sl. 139:1, 2).
A Justiça de Deus sempre será coberta de razão, e Soberana na execução, pois ninguém poderá se opor quando Ele se levanta para dispensar ao pecador o juízo. A ira de Deus no tempo certo se manifestará sem nenhum obstáculo. Quando a justiça humana se levanta para executar juízo a um criminoso foragido, encontra dificuldades para encontrar o infrator, exigindo assim muito esforço e tempo para que a justiça seja executada. Com Deus nunca será assim, pois as Escrituras afirmam: “... Poderá alguém esconder-se sem que eu o veja? Pergunta o Senhor. Não sou eu aquele que enche os céus e a terra? Pergunta o Senhor...”. (Jr. 23:24). Não há como escapar da ira de Deus, pois os Seus olhos estão sobre toda terra contemplando os bons e os maus. O cetro de Justiça está em Suas mãos para triunfar em juízo e eliminar da terra a árvore que não dá frutos de justiça. “... O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada fora...”. (Mt. 3:10).
Não existe em Deus qualquer indício de injustiça em lançar o pecador no seu lugar de mérito. Pois todo pecador é e sempre será merecedor do inferno. As Escrituras afirmam “... aquele que pratica o pecado é do diabo...”. (I Jo. 3:8). As Escrituras dizem que este lugar de tormento está preparado para o diabo e seus anjos, mas todo aquele que peca como o próprio diabo peca desde o principio, tem por eleição este mesmo lugar destinado ao diabo e seus anjos ( Mt. 25:41b). A natureza do homem é governada por todos os princípios da própria natureza de Satanás. Por isso é inimiga de Deus e sempre será. Egoísmo, orgulho, malícia, assassinatos, ódio, rivalidades, adultério, idolatria, insensibilidade, malignidade. As Escrituras dizem que quando o homem está na condição de pecador, ele é por natureza filho da ira. Objeto da ira de Deus (Ef.2:3b). Todos os homens não convertidos estão condenados a perecer por merecimento próprio e nenhum poderá escapar do juízo de Deus. (Rm. 3:10-20). A sentença justa de Deus já foi dada desde o principio e diz: ‘a alma que pecar essa morrerá’. Todos eles estão destinados à partida desde agora, apenas impedidos pelo tempo da vontade soberana de Deus. Quando Deus quiser assim sucederá. A Lei inalterável de Deus sentencia a toda raça humana e a deixa sob condenação. (Rm. 3:9-19). Não há nada que se possa fazer para escapar do juiz de toda a terra. (Rm. 3:20) Todos os dias pecadores estão morrendo de morte natural, acidentes, doenças e o juízo vem acontecendo desde o principio. Mas o homem sempre acha motivos para não verem que estão destinados ao inferno e ignoram a realidade de seu próprio destino, desculpando-se com falsas razões das muitas formas que Deus utiliza para executar juízo no tempo oportuno. Bajulam-se pensando que Deus não os verá em seus muitos pecados. Pensam que terão muitas oportunidades para gozar a vida sem Deus, escondem-se atrás do falso evangelho, aquele das facilidades e que se adapta ao próprio gosto, que não considera a severidade de Deus para com os pecadores. Apegam-se ao que diz a maioria e mesmo pronunciando serem de Cristo, continuam a praticar atos dignos de juízo. Acham que Deus é aquele que não vê o que fazem em oculto, ou que Ele ignora tais pecados porque é um “Deus de amor”. Sentem-se confortáveis enquanto uma espada da Lei está apontada para eles, enquanto o rosto de Deus está fechado e contrariado com as injustiças praticadas. A qualquer momento serão surpreendidos, pois Deus não tem comprometimento algum em deixá-los vivos nem mais um instante. A ira de Deus se manifestará contra toda impiedade e injustiça!
Alguns morrem de velhice e por este motivo as pessoas pensam que não terá o seu lugar junto ao diabo e seus anjos, pois este viveu muito tempo e adquiriu toda a experiência da vida, por isso terão que ir para o céu preparado somente para os justos. Outros morrem em desastres naturais ou em acidentes e por ser uma morte tão trágica paira a falsa realidade do preciso destino deste tal, pois os vivos concluem que era uma pessoa trabalhadeira e bondosa e escondem atrás da cortina do engano o verdadeiro destino daquele que morreu em seus pecados. Os desastres climáticos tendenciam os homens a pensarem que por detrás destes acontecimentos não há a ação soberana de um Deus irado com as massas rebeldes. As catástrofes naturais estão debaixo da ação soberana de Deus e obedece fielmente a ordem de executar cidades, estados países inteiros que chegaram ao mesmo nível de Sodoma e Gomorra. Secas, ventos, tufões, terremotos, maremotos, avalanches, enchentes, desmoronamento de terra, chuvas de granizo, raios ardem em fúria e executam juízo contra as multidões que ultrapassaram o limite da maldade humana e se igualaram completamente aos demônios. A natureza clama pela justiça de Deus, os céus ficam em bronze para revelar o furor da santidade de Deus, esperando somente a ordem divina para purificar a terra das suas maldades (Dt.28:23) Deus está irado! Nada apaziguará a Sua ira até que destrua todos os pecadores que desperdiçaram as oportunidades oferecidas por Sua longanimidade. Não chegaram ao arrependimento, são irreconciliáveis, vasos da ira de Deus, objetos que revelarão que Deus é o justo juiz de toda a terra.
Nações inteiras se unem em impiedade, mas não poderão resistir à manifestação do furor da ira de Deus, pois ela será revelada contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade de Deus em mentira. Países inteiros serão varridos do mapa, as águas submergirão, os terremotos em fúria destruirão, pois ainda há um Deus que executa juízo sobre a terra. Destruição aguarda os últimos dias. As Escrituras predizem que Deus manifestará o Seu juízo nos últimos dias como nunca houve. Tais juízos já começaram a acontecer e aumentarão numa proporção infinita. Não há como escapar da vingança de Deus. Escrituras gritam a voz de Deus dizendo: “A mim pertence a vingança e a retribuição. No devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando e o seu próprio destino se apressa sobre eles...”.
Por isso é necessário que aqueles que querem escapar das horrendas mãos deste Deus temível, apressem os seus corações para assegurarem os seus destinos que estão em suas próprias mãos (Dt.30:20,21). O longo entusiasmo de Deus em esperá-los não lhes dá segurança de permanecerem na indecisão descompromissada de suas almas. Pois esta posição de falso conforto e tempo desperdiçado apenas atiça a ira de Deus contra si mesmos. As Escrituras afirmam: Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai enquanto está perto...
A você que confessa o nome do Senhor, não se engane que Deus te aceitará se você ainda não se apartou da iniquidade. As Escrituras afirmam: “... Todo aquele que comete pecado, comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade...”( IJo. 3:4) Diz mais: “... Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: ‘ O Senhor conhece quem lhe pertence e afaste-se da iniquidade todo que confessa o nome do Senhor’...”. (II Tm.2:19).Oferecer a Deus um sacrifício que lhe agrada é deixar definitivamente de pecar sob o poder regenerador do sangue de Cristo. Como afirma as Escrituras: “... Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo...”.(IJo.3:8b).
Quando Deus se manifestou no passado aos descendentes de Abraão conforme havia prometido ao patriarca, Ele recobrou do povo que para haver liberdade da escravidão ao Egito, a nação de Israel deveria apresentar-Lhe um sacrifício de um cordeiro do qual o sangue deveria ser colocado nos umbrais de suas portas para que o Anjo da manifestação do juízo de Deus não tocasse em suas famílias levando deles os seus primogênitos (Ex.12:21-30). Este sangue seria como sinal para que a ira de Deus não lhes tocasse. O sacrifício de um animalzinho inocente figura representativa mais comum para referir-se ao Filho de Deus, fazia sombra da manifestação do plano de Deus antes da fundação do mundo, de salvar o homem do juízo divino. Os egípcios serviam os seus deuses, viviam os seus ideais humanos e se deleitavam no orgulho de ser nação soberana sobre a grande família de Jacó. Não atentaram para uma tão preciosa Graça que estava visitando o Egito naqueles dias, mas pelo endurecimento de seus corações entesouraram ira contra si e tornaram objetos da manifestação da justa vingança contra o pecado que neste caso havia atingido os limites da tolerância não comprometida de Deus. Mas o que fez diferença entre eles e o povo de Israel foi o sinal nos umbrais das portas. Por este motivo o Anjo da morte não atravessou as fronteiras deste sangue. Este sacrifício no passado revelou o plano de Deus desde o principio, de salvar o homem da sua ira justa. Disse João Batista: “... Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”. Somente o sacrifício vicário, a morte substituídora de Jesus pode convencer a justiça de Deus de que estamos livres de sua justa sentença. Nenhuma obra humana pôde apaziguar a ira divina e nunca poderá, pois sempre serão como trapos de imundícia. A vã religião é como uma ponte de madeira que não é capaz de suportar uma carreta carregada passar por cima. Não é suficiente para comportar o peso da lei divina. Quando se passa uma carreta vazia em cima desta ponte, não se consegue avaliar a sua capacidade de suportar peso. Mas quando se avalia com uma carreta carregada, aquela ponte despenca abaixo pelo peso da carreta. A religião da bajulação do ego humano, da falsa suficiência das obras do homem que sempre no final chega à vanglória, do arrependimento ilegítimo, não consegue suportar as exigências da Lei de Deus que são as mais profundas motivações do coração humano. Ela não comporta o peso desta Lei, mas esta Lei é um peso que desaba os inúteis esquemas do homem, de tentar ser bondoso sem Deus e revela que as obras humanas por melhores que sejam, são insuficientes e condenáveis perante o peso insuportável da Lei de Deus (Rm.3:19). Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei e os profetas, justiça de Deus mediante a fé no único mediador entre Deus e os homens, a ponte perfeita que suportou toda exigência divina. (Rm.3:20;ITm.2:5). Somente Cristo é a verdadeira religião! Ele não é como as muitas supostas pontes rotuladas com o nome de Jesus, mas que não passam de engano. O mestre disse: “... nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos Céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘ Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi abertamente: ‘ apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade. ’...”. (Mt. 7:21-23). Certo homem foi comprar um perfume e não conhecendo a verdadeira fragrância daquele perfume, levou para casa apenas o frasco original, mas não a essência. Foi enganado pelo rótulo. Assim muitos se enganam com os falsos professos de Cristo que se rotulam com o frasco da aparência de verdade, mas que negam a sua eficácia. Seus corações são sepulcros caiados, escondem dentro de si o mau cheiro de seus pecados. Mas nada está encoberto aos “sentidos” de Deus, diante daquele que se agrada apenas da fragrância suave do sacrifício do Cordeiro, misturada com o incenso perfumado das orações daqueles que se santificaram e apoiaram no sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus! Qual será o castigo daqueles que rejeitarem tão grande salvação?
Buscai o Senhor enquanto se pode achar. Invocai enquanto está perto. (Is.55:6).
De Jeucésar Andrade, servo de Jesus Cristo e de sua justiça,